terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lembranças


Estou querendo escutar Ana Carolina já havia um tempo. Hoje decidi colocar esse pensamento em ação e estou me deliciando com todas as músicas lindas, cheias de sentimento, cheias de lembranças, cheias de tudo tão intenso que dói no fundo do meu coração.  A Ana fez parte da trilha sonora da minha adolescência e quão bela que foi esta. Sonhava tanto, ria tanto, chorava tanto, amava tanto, odiava tanto, estudava-se mais ou menos, buscava respostas para tudo, brigava com os meus pais, defendia as minhas amigas, acreditava em amor eterno (ainda acredito), acreditava em todo mundo. Me deu uma saudade desse tempo tão grande, não só por tudo isso que escrevi, mas também pela inocência e a liberdade que eu tinha de sentir as coisas e fazer com que os meus sonhos fossem possíveis de serem alcançados. Vivi tantas coisas que não teria como colocar nesse texto. Foi muito bom e que bom poder lembrar assim dessa época tão maravilhosa da minha vida. Hoje tudo é tão mais cheio de malícia. Eu sei, eu sei que cresci, que amadureci e que vi que a vida não é o sonho encantado que sonhamos. Eu sei que não devemos acreditar em todo mundo, eu sei que os amores nos machucam, eu sei que amigas são poucas, eu sei que alguns choros foram desnecessários. Eu sei. Eu sei. E por saber disso tudo é que eu tenho mais saudade ainda dessa época. Era bem melhor!  Tinha-se mais alternativas para resolver determinado problema. Problema? Ah, a gente achava que tinha, mas não passava de preocupações bobas. Guardei o melhor dessa época dentro do meu coração e fiz das experiências aprendizados. Não me arrependo de nada, de nenhuma amizade, de nenhuma paixão, de nenhuma briga, porque foi com esses acontecimentos que me tornei uma pessoa melhor, mais madura e certa de que aproveitei o quanto pude da minha querida adolescência.

"É isso aí, como a gente achou que ia ser. A vida tão simples é boa. Quase sempre..." - Ana Carolina - É isso aí.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Camila Paier leu os meus pensamentos...


Ontem postei um texto (O sentido do que acabou.), não é o que estou sentindo no momento, mas foi um texto que escrevi a 6 meses e resolvi postá-lo, pois achei verdadeiro e sincero (na época, para mim) e acredito que podemos sim sentir isso depois de curado o passado. Depois que havia escrito esse texto, aconteceram algumas coisas que me fizeram voltar a sentir a mesma raiva, o mesmo ódio, o mesmo "de novo você vai fazer isso?" e não conseguindo expressar o que estou sentindo, surge a Camila Paier do calmila.blogspot.com que, como uma vidente, escreve de uma maneira sincera e muito bem o que estou sentindo. Vou postá-lo como uma forma também de desabafo e dedico a você, que não precisa de dica nenhuma para ninguém, nem mesmo para você, pessoa anônima visível, para saber quem é.

Vai

Existe sempre aquele momento, que se possível e conveniente, temos a oportunidade de desabrochar tudo aquilo que guardávamos, e que seria necessária estourar. Se esse momento não chegou, ele virá. Por mais que todas as portas estejam trancafiadas, às sete chaves e não haja frestras nas janelas, saindo pra rua tudo é possibilidade. E a escolha de voltar algumas semanas no tempo, e colocar em pauta tudo o que você não disse, e deveria ter falado, tudo que não saiu da sua boca, e o outro deveria ter escutado, chega. Suas amigas mandam você fazer a fina, e ficar longe, não dar importância. Sua mãe, ri e não diz nada. Seu cachorro te olha com o rosto meio virado e questionando o que nem você sabe - o que você vai fazer agora? Falar, e se danar? Sumir, e fazer a louca? Cortar os pulsos, e aparecer sangrando? Ligar o Mute, e fingir escutar o que o outro ter a dizer? Como não sei fazer nada melhor que escrever, é a escolha mais sábia que faço. Você é um idiota. Eu sei, e você reconhece. Aqui não conserta-se gaitas, e muito menos corações. Desculpas esfarrapadas não absorvem, e entram por um ouvido, e saem pelo outro. E não me importando que um parasita como você leia, ou que qualquer outra pessoa te conte, nostálgica com uma xícara de chá e duas bergamotas ao lado, reflito.
A gente não deve acreditar em princípes. Ainda mais quando eles pousam numa nave estranha, e sem nenhum porque completo, na sua rua, na sua frente; na sua vida. Quando um gentleman pousa no caminho, nos resta lembrar que: com tanta perfeição assim, qualquer erro vai virar catástrofe. E acho realmente, que isso foi sim acontecendo. Eu via na sua altura e no seu porte atlético tudo o que eu precisava - e você vinha na minha loirice contida e abundante, aquilo que seria volátil, fácil e ainda assim, temporário. Secretamente, um cavava buracos, enquanto o outro chutava a areia. Profundidade versus comodidade. Era tão óbvio que não ia dar certo, por que diabos fantasiaram o meu conto - que poderia ser erótico, histórico, transformador ou etílico, menos de fadas. E mesmo sabendo que, meu livro já se encontrava pleno em histórias bizarras, em crônicas pela metade e clichês imundos, você seguiu a fila. Andou até onde todos foram, e entrou pra mais uma história conturbada, e mal acabada. Mais um, parabéns. É o que você conseguiu ser. E que hoje, não significa mais nada pra mim. Nem palpitações e tremores no meio da tarde, ou sonhos madrugada à dentro.
O seu corpo é escultural, quente; e uma pena que aí dentro, seja sempre inverno e quase neve (e raramente um Outono com Sol, como a gente julgava a perfeição dos dias). Eu prefiro o seu cabelo comprido, e eu gostava de opinar nas suas combinações, no que vestir. Eu queria pegar o carro e ir pra praia, sem rumo. Desejava sumir em cumplicidade, e descobrir novas terras. Deitar o cabelo sobre a grama úmida, e rir horas dos sotaques engraçados pelo caminho. Enquanto você, se contentava em desfilar pelos lugares fechados e claustrofóbicos, cheios de glamour barato; dormir tardes inteiras, enquanto os raios solares me chamavam pra rua. Opostos, sim. E o lugar que na minha vida, na bagunça do meu coração, você ocupava, hoje nem adianta mais: tá ocupado. I'm sorry.
Também acho um crime duas pessoas que teriam tudo pra se dar bem, não acontecerem de fato. Mas depois de tanto tempo, dá uma preguiça enorme voltar, e apanhar as partes ocas e destroçadas na ventania, e montar novamente, reconstruir um erro; como se nada tivesse acontecido. Como se expectativas não tivessem inundado, e as flores do caminho, murchado. A minha pressa, e a tua desmotivação ruiram qualquer possibilidade de futuro. Num campeonato onde eu era a lebre faceira e você a vagarosa tartaruga, não houve uma velocidade constante de ritmos. E inconstantes de somos, eu sabia que você voltaria. A gente sempre sabe quando uma ave ou borboleta pousa de novo no ombro, nas pernas. E um belo dia, entre cadernos e pastas, borrachas e anotações, o toque inesperado de quem ficou pra trás. Dizem que quando a gente está distraídos, podemos assustar os animais do bem, as coisas boas da vida: passam sem perceber e dar alarde, e muito mais tarde, sentimos falta. Aonde é que eu assino embaixo?

domingo, 21 de novembro de 2010

O sentido do que acabou.



E depois de um certo tempo você percebe que aquilo tudo que antes fazia parte da sua vida, de uma maneira tão intensa, hoje é apenas uma lembrança, um aprendizado. Talvez. Incrível como o tempo dá um jeito em tudo. Não é que cura, é que dá um jeito de dar sentido a tudo que você viveu. Dá sentido ao seu passado. Falo em relação ao amor, às amizades, à família, mas mais precisamente ao amor. Por um certo tempo você acha, acredita, luta, por um amor que talvez não seja eterno, mas, que de uma maneira ou de outra, valeu a pena. E as brigas, as discussões, os choros, tudo, tudo fica pra trás. E como dói no inicio. Como que pode doer tanto? E passa. As vezes dói um pouco, cutuca, incomoda. E vai embora. E se não for embora, ainda não foi resolvido. Precisa resolver tudo. Precisa perdoar tudo. Precisa ver que era pra ter acontecido daquele jeito. Não tinha como não ser assim. Era pra ser assim. O destino coloca as pessoas nas nossas vidas com um propósito. Só a gente pode perceber qual o verdadeiro propósito. Tem pessoas que passam pela nossa vida e que deixam um pouco delas, ou muito, mas nunca tudo, e cabe a nós escolhermos o que elas deixam. Se são coisas boas, ruins, alegres, amargas, calmas. Escolha as coisas boas. Depois do amor curado, mas curado mesmo, com todos os remédios que existem, com todas as palavras que dão pra escrever e falar, fica tudo mais nítido. Aí sim você vê o que realmente foi bom ou ruim. E vendo tudo com os olhos curados, você percebe que nem tudo foi tão ruim ou nem tudo foi tão bom. Em vários momentos enxergamos de outra forma, distorcemos, damos vida a coisas que nem existiam. E depois que enxergamos como realmente aconteceu, você entende e não se arrepende de nada que você fez, falou. As promessas, os beijos apaixonados, os abraços apertados, os xingamentos, os choros, as despedidas, as traições perdoadas, se hoje não tem sentido, naquela época tinha todo o sentido do mundo e fez a diferença para que hoje entendêssemos de outra forma. Virou aprendizado, virou estrada percorrida. Virou passado.
E o livro que prometemos escrever, finalizamos de outra forma. Mas o amor que teve por um tempo não foi retirado do enredo. A magia do primeiro amor está contida no livro, é só você saber enxergar de outra forma. Só não pode-se finalizar com “Felizes para sempre, juntos”, mas pode-se finalizar com “Felizes para sempre, e só”. E muda-se o livro, e muda-se a história, e muda-se o casal. E continua a vida. E que bom. E tudo faz sentido. Foi bom. Acabou.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mudando o rumo...

Hoje resolvi dar um novo rumo a minha vida. Sei que não será fácil, pois implicará em algumas difíceis mudanças que antes eu não havia conseguido realizar. Porém, dessa vez é diferente. Eu preciso mudar para que eu seja mais feliz e consiga desvencilhar de pessoas, comidas, sentimentos que me fazem mal. Acho que qualquer desafio tem seu gosto, tem seu preço, tem suas consequências e se  for para o bem, tenho certeza que dará bons frutos. Sei que vão ter dias que vou fraquejar, mas nada vai me fazer desistir. Já adiei muito essa mudança por esperanças de que alguma coisa, sem ser eu, mudasse a minha vida. Mas eu vi que isso é besteira. Quando a gente muda o mundo muda com você. Me decepcionei com amizades, com o amor e isso, claro, deixa marcas em nós e eu nem sei se passa, mas eu quero que passe. É muito ruim ficar sentindo raiva, ódio, desejando mal às pessoas. Eu quero que esse tipo de sentimento fique longe de mim. Isso não quer dizer que aceito tudo o que fizeram para mim, não é isso. Eu só quero que eu consiga seguir em frente sem esses sentimentos ruins, porque se eles tiverem que pagar alguma coisa não serei eu quem vá fazer isso. Dei provas do meu amor para muitos, da minha consideração e do meu respeito. Fiz o que pude. Agora eu vou cuidar de mim. A indiferença é o pior tipo de consequência dos atos que as pessoas causam de ruim em nós. Prefiro ficar indiferente a ficar xingando, gritando e falando e não surtir efeito algum nem pra mim nem pra elas. Qualquer mudança é válida! Ótima semana a todos nós!